Queria apenas beijar-te inocentemente,
colher da fonte fértil o gosto do mel
que por imérito ou súbita prisão,
a vida negou-me o desejo de provar…
 
Choro pelos encostos do meu pequeno mundo,
contenho em silêncio o grito da dor.
Ouve meu Deus… tão lírica melodia,
soante retumba… no infinito céu!
 
Lembro… Lembro… reprimo a emoção,
sentir-te tão perto em meus sonhos:
doce miragem… outrora no outono,
nossos corpos nus… ao amanhecer!
 
Amargo asilo que não reconheço,
proibir-me do amor que tanto almejei.
Balanço… Balanço… na rede agitado,
a loucura apodera-se da minha razão!
Autor: JFDuran