ECLIPSES
Trafegas como simples transeunte
na calçada… com pressa de chegar…
Do meio de tudo surges afoito,
na rotina árdua de ir trabalhar.
Te miro… Te contemplo calado,
vejo teu olhar desviar-se para o meu!
Trejeito-me. Desnudo minh’alma,
tento desvendar-te o que nunca te mostrei!
E nos tornamos tão hipnóticos… tão tênues,
no enlace louco de nosso olhar,
nessa simbiose amena e passageira
de abraçar-nos de longe… sem tocar!
E nesses eclipses, todos, imaturos,
nossos lábios tentam se encontrar
para sorver o gosto do proibido
num instante só de nós dois!…
Autor: JFDuran