FORASTEIRO
Nas imensidões das trevas perambulava,
sem nenhuma luz para seguir…
Quando, como que de repente, a porta se abre
e entre as fendas um vulto surgiu:
– Quem é você tão atrevido?
Vem apoderando-se do meu coração!
Eu, que sou órfão de um amor banido
e encarcerado, encontro-me na solidão!
– Leva-me, forasteiro, para o paraíso selvagem,
longe das torturas e dos sofrimentos vãos.
Dá fim a esta longa estiagem
que o crepúsculo delírio exilou!
Autor: JFDuran