(nascido em 08 de janeiro de 1964)
 
A arte de Marc Quinn aborda a relação com a ciência, a transformação do corpo humano e a relatividade da beleza. O artista gosta de explorar os dualismos que definem a vida humana, seja físico ou espiritual e a superfície e profundidade, cerebral ou sexual. Quinn ficou famoso na década de 1990 com uma auto escultura de sua cabeça feita a partir de 8 litros do seu próprio sangue congelado.
O prefeito de Londres, Ken Livingstone, inaugurou o monumento na Trafalgar Square (bem perto da entrada do metrô no centro de Londres). A nova escultura, de dimensões muito mais modestas que o monumento em homenagem ao almirante dos ingleses (3,6 m), foi esculpida pelo artista plástico Marc Quinn porque, diz ele, “os deficientes estão sub-representadas na arte”.
A Alison Lapper de verdade, que posou para Quinn quando estava grávida de oito meses, afirmou que a escultura é um “tributo à feminilidade, à deficiência e à maternidade”. Lapper, 40, nasceu sem os braços e com as pernas atrofiadas.

Igualmente empolgados com a nova obra, que pode ser admirada num dos locais reservados à memória das glórias dos soldados e monarcas do Reino Unido, está a Comissão dos Direitos dos Deficientes. De acordo com a instituição, a estátua em mármore carrara é “poderosa e chamativa”. Já Robert Simon, editor do “British Art Journal”, afirmou que acha “isso horrível”.

A escultura de Marc Quinn foi escolhida entre seis outras pela Comissão do Quarto Pedestal, um grupo criado pelo prefeito de Londres, Ken Livingstone, com a missão de escolher que obra de arte ocuparia o quarto pedestal da praça Trafalgar. Esse pedestal foi projetado originalmente para sustentar uma estátua equestre. Diferentemente dos outros três pedestais da praça – além da Coluna de Nelson -, o quarto nunca foi ocupado permanentemente. Nos outros estão estátuas do rei George 4º e de dois oficiais do Exército que serviram na Índia, ex-colônia britânica. O quarto pedestal será ocupado, a partir de agora, com exposições temporárias. Em abril de 2007, a obra de Quinn dará lugar a outra escultura, “Hotel para Pássaros”.
Sobre o fato de estar, de certo modo, no meio de heróis nacionais, numa praça que leva o nome de uma batalha naval vencida por Nelson em 1805, Alison Lapper disse que “pelo menos eu não vim parar aqui por ter massacrado ninguém”.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1609200514.htm
 
Conheci este artista quando cursava o curso de Mestrado como aluno especial na UFPel, através de uma professora/amiga.  Devido a sua sensibilidade e coragem de lidar com as diferenças de forma provocativa desafiando principalmente a normatização da sociedade e permitindo a visibilidade de outras formas e possibilidades de corpos, me tornei  admirador de seu trabalho.
QUAL A SUA OPINIÃO?
COMO VOCÊ SE SENTIRIA VENDO UMA ESTÁTUA DESSE PORTE, DEFICIENTE, MULHER E GRÁVIDA EXPOSTA NUMA PRAÇA?