Costumo questionar no início de nosso encontro na disciplina de Didática de Matemática no Curso Normal, alguns estereótipos herdados na trajetória escolar. Penso que o pensamento homogêneo, as ações estereotipadas e, consequentemente imagens construídas na escola refletem na formação e nas estratégias de pensamentos lógicos e criativos.
Não quero e não tenho a pretensão de fazer análises dos desenhos dos(as) alunos(as). Apenas tento conversar sobre as lógicas homogêneas e que impressionam pela igualdade de alguns desenhos como podem ver abaixo.
A proposta da atividade (ou brincadeira) é a seguinte:
Não quero e não tenho a pretensão de fazer análises dos desenhos dos(as) alunos(as). Apenas tento conversar sobre as lógicas homogêneas e que impressionam pela igualdade de alguns desenhos como podem ver abaixo.
A proposta da atividade (ou brincadeira) é a seguinte:
* Peço que separem uma folha de caderno ou de ofício;
* Peço que peguem apenas um lápis, não podem usar em hipótese alguma a borracha;
* Devem seguir o que é ditado, sem rasurar e sem repetir o desenho em outro lugar da folha;
* Tudo que é ditado deve aparecer em forma de desenho na folha;
* Não podem ver o que o(a) colega está desenhando e nem de que forma está desenhando, ou qual é a estratégia de pensamento que o(a) colega está fazendo para desenhar o que se está pedindo;
No início, peço que façam um muro;
Já nesse momento podem reparar em quase todos os desenhos que os muros são muito parecidos;
Posteriormente, peço que eles(as) desenhem uma casa. Nessa hora. podemos reparar nitidamente a homogeneidade do traçado das casas. Repare, que na sua maioria, são desenhos bem parecidos.
Em outro momento peço para desenharem uma árvore;
Novamente, podemos observar como as árvores desenhadas são semelhantes. Aqui, peço logo após, que desenhem três passarinhos em um dos galhos da árvore. Um dilema, a árvore que geralmente é desenhada, não tem galhos!!!
Percebemos desta forma, sem fazer nenhuma análise profunda, pois este não é o objetivo, como a escola “formata” formas de pensar, de descrever, de desenhar, etc. Reparem, as árvores assim como as casas, são muito parecidas. Geralmente, pergunto aos(as) alunos(as) se estudaram na mesma escola com a mesma professora.
Como o objetivo é mostrar para os(as) alunos(as) a homogeneidade do pensamento lógico na resolução dos desafios propostos quando era ditada uma frase e tinham que representar essa frase em forma de desenho no papel, surpreende como na sua maioria, o raciocínio é muito semelhante.
Isso fica nítido em vários desenhos, eles são bem parecidos. Nessa brincadeira quero passar isso. Por que essa repetição de desenhos parecido acontece? Qual é o papel do(a) professor(a) na construção, principalmente, na formação do pensamento lógico, na formação de estratégias de pensamento para a resolução de desafios? O que gera o ensino que busca a homogeneidade de pensamentos, de resoluções de situações problemas que buscam geralmente identificar como a criança resolve o desafio? Por que uma sempre se destaca em uma única solução do problema?
Desta forma refletimos fazendo uma analogia aos desenhos e a homogeneidade dos pensamentos deles(as) e das soluções para resolver os desafios propostos. Como já citei acima, não queremos fazer uma análise dos desenhos, apenas realizar uma brincadeira para descontrair e ao mesmo tempo repensar o que herdamos da escola confrontando nossas atitudes, nossas simétricas referencias sem ter estado na mesma escola, com a mesma professora (sem terem sido colegas anteriormente na suas vidas de estudante).
Não pretendemos rotular, carimbar e muito menos ter pretensão de qualquer coisa. Apenas repensar como falei anteriormente e refletirmos nossas ações em sala de aula, principalmente quando propomos a mesmice e a resolução cômoda em situações problemas propostas para nossos alunos e que para facilitar nossa “prática pedagógica” focamos a diversidade de solução em apenas a um ou dois caminhos.
Isso fica nítido em vários desenhos, eles são bem parecidos. Nessa brincadeira quero passar isso. Por que essa repetição de desenhos parecido acontece? Qual é o papel do(a) professor(a) na construção, principalmente, na formação do pensamento lógico, na formação de estratégias de pensamento para a resolução de desafios? O que gera o ensino que busca a homogeneidade de pensamentos, de resoluções de situações problemas que buscam geralmente identificar como a criança resolve o desafio? Por que uma sempre se destaca em uma única solução do problema?
Desta forma refletimos fazendo uma analogia aos desenhos e a homogeneidade dos pensamentos deles(as) e das soluções para resolver os desafios propostos. Como já citei acima, não queremos fazer uma análise dos desenhos, apenas realizar uma brincadeira para descontrair e ao mesmo tempo repensar o que herdamos da escola confrontando nossas atitudes, nossas simétricas referencias sem ter estado na mesma escola, com a mesma professora (sem terem sido colegas anteriormente na suas vidas de estudante).
Não pretendemos rotular, carimbar e muito menos ter pretensão de qualquer coisa. Apenas repensar como falei anteriormente e refletirmos nossas ações em sala de aula, principalmente quando propomos a mesmice e a resolução cômoda em situações problemas propostas para nossos alunos e que para facilitar nossa “prática pedagógica” focamos a diversidade de solução em apenas a um ou dois caminhos.
Neste dois desenhos abaixo gostaria de ressaltar a solução da aluna. Quando falei que era para desenhar uma casa atrás do muro, ela virou a folha e desenhou a casa e os outros desenhos, atrás da folha. Segundo ela, atrás do muro (do outro lado da folha). Olhem a solução que ela pensou para resolver esse desafio proposto.